Um dos pilares demonstrados na estruturação das categorias de base do Atlético é a captação de jogadores. Fator esse que foi amplamente explicado na sétima edição do evento “Por Dentro do Galo” em que foram abordados os processos e a estrutura de formação de atletas no clube alvinegro. O encontro foi realizado na manhã desta segunda-feira (17), na Arena MRV e contou com a presença de jornalistas, o gerente-geral da base do Galo, Luiz Carlos Azevedo e sua equipe que gere as diversas categorias, além da presença do CSO do Atlético, Paulo Bracks.
Esse tópico de extrema importância para a existência das categorias de base do Galo foi mais profundamente explicado pelo coordenador de Scout, André Velloso. A principal guia para a captação de atletas para o Atlético é o perfil do jogador, que deve reunir força física, inteligência, qualidade técnica e comprometimento com o clube e a carreira de atleta. O profissional ressaltou que esse perfil vai se consolidar nas etapas de formação do garoto, mas é necessário que se encontre traços desse perfil desde as categorias de iniciação ao esporte, comandadas pelo ex-jogador formado nas categorias de base do Galo, Lima.
Esses critérios compõe a captação de jogadores para as categorias menores e maiores. Nas categorias menores, iniciação ao esporte até o sub-14, o Atlético conta com observadores em diversas regiões de Minas Gerais e outros estados do país, além de contar com parcerias de clubes mineiros e das regiões sudeste, nordeste, centro-oeste e norte, que monitoram potenciais atletas a serem captados pelo Galo.
Além disso, o Galo conta com o projeto Campo dos Sonhos, em que são atendidas 4 mil crianças de projetos sociais em regiões de vulnerabilidade social em Belo Horizonte e região metropolitana, para serem observadas e potencialmente captadas para as categorias de base do alvinegro. O ex-lateral do Galo, Hernani é o embaixador do projeto. Outra iniciativa é o Festival GaloForte, que traz clubes de Minas e outros estados para dentro da Cidade do Galo para fazer esse intercâmbio, e claro, observar outros atletas.
Na visão de Velloso, o objetivo com esses projetos e processos estruturados é trazer ciência para a captação de jogadores ao que antes era apenas olhar, detectar certas qualidades e incorporar às categorias de base. O coordenador também destacou que a prioridade é buscar jovens talentos em Minas Gerais, por questões de custo, logísticas e de mais fácil adaptação dos garotos à nova rotina como atletas em formação.
Mudança e reestruturação no perfil das categorias maiores
Desde a chegada de Luiz Carlos Azevedo ao cargo de gerente-geral da base do Galo, diversos processos foram alterados e uma mudança no perfil da captação, principalmente, nas categorias maiores, tem sido realizado. Diante disso, André Velloso explicou mais detalhadamente que essas mudanças de perfil se deram muito claramente na reformulação realizada no Sub-20, no qual o Atlético foi rebaixado no Campeonato Brasileiro da categoria.
Essa mudança se fez perceptível justamente na busca por atletas que pudesse se encaixar no perfil do clube alvinegro, com força física, inteligência, qualidade técnica e tática. Nesse sentido, além de observações realizadas no mercado brasileiro e a subida de jovens talentos do Sub-17, a categoria Sub-20 ganhou reforços vindos de outras partes do mundo.
Um exemplo disso é o do volante Cissé, que é de Guiné e estava no futebol nigeriano. Outros dois nomes são os do lateral-direito, Luis Gustavo, que saiu de Portugal para vir ao Atlético, e o lateral-esquerdo, Alexis Vargas, que era das categorias de base do Olímpia, no Paraguai. Segundo o coordenador de scout do Galo, o clube vê os mercados sul-americano e africano como terrenos férteis para a captação de jogadores para as categorias maiores, fazendo um processo de adequação física, nutricional e técnica dos atletas e o devido processo de transição ao time profissional, de acordo com o desempenho nos treinamentos e a demanda da equipe adulta.