Dono de uma das maiores dívidas do Brasil, o Atlético sempre foi um clube que historicamente teve problemas financeiros e nem mesmo a transformação em SAF evitou isso.Fato este, que fez com que o clube passasse a buscar um novo aporte financeiro, que segundo apuração exclusiva do repórter Marco Geves, do Bica Galo, precisa ser na casa dos R$500 milhões para equalizar as contas, fluxo de caixa e dívida onerosa.
Hoje o Galo tem dívida na casa dos R$1,4 bilhão com esse valor sendo majoritariamente dividido entre dívidas onerosas, aquelas que geram juros e os CRI’s (Certificado de Recebíveis Imobiliários) da Arena MRV, valores esses que foram adiantados pelo clube para viabilizar a construção do estádio.
ℹ️⚠️ Uma fonte importante do Atlético me confidenciou de que o valor de aporte mínimo necessário para equalizar as contas, fluxo de caixa e dívida onerosa seria de 500MM de reais. | @canalbicagalo pic.twitter.com/0oabVuWexX
— Marco Geves | BICA GALO (@Geves_Galo) September 9, 2025
É importante ressaltar, que embora o clube considere esse valor como o necessário para se tornar auto sustentável, em outros momentos promessas semelhantes foram feitas e não cumpridas. Em 2023 o Atlético vendeu seu percentual no Diamond Mall com a promessa de que o valor seria utilizado para o pagamento da dívida onerosa, mas os R$240 milhões da negociações foram usados para o fluxo de caixa alvinegro.
Além disso, a transformação em SAF por R$913 milhões por 75% das ações também teria sido feita justamente com o objetivo de equalizar as dívidas atleticanas. Desse valor, entraram de fato nos cofres do clube algo em torno de R$600 milhões em uma primeira rodada de investimentos, com outros R$200 milhões sendo captados posteriormente e ainda mais R$100 milhões que teriam sido prometidos a serem aportados por Rubens Menin (acionista) caso o clube não conseguisse levantar o valor por meio de outra rodada de investimentos.
Hoje se fala sobre uma possível venda de parte dos 25% das ações, que hoje pertecem a associação, para a quitação do restante dos débitos do clube. Uma assembleia do conselho deliberativo chegou a ser convocada para aprovar uma eventual negociação mas acabou sendo desmarcada e ainda não tem data para ocorrer. Por lei as associações precisam ter o mínimo de 10% das ações e sendo assim, caso aprovada, a venda seria de 15% das ações.
No começo do ano após a conquista do Campeonato Mineiro, Rubens Menin, um dos principais acionistas do clube, disse na zona mista do Mineirão que a dívida do Atlético estava controlada. Apesar disso, meses depois, em julho, o clube atrasou os vencimentos de seus atletas e foi notificado de maneira extra-judicial por esse fato, além de ter tido que conviver com processo da torcida e do grupo de jogares.
Bilionário boliviano seria suposto investidor do Atlético
Se especula que o clube hoje tenha conversas com o bilionário Marcelo Claure (dono de parte do Bolivar ao lado do Grupo City) para um novo aporte. Embora não existam informações oficiais, o boliviano já mandou recados para o clube e para a família Menin por meio das redes sociais. O primeiro recado no começo de agosto quando Calure apenas escreveu o nome do clube em sua conta no Twitter de maneira enigmática. Posteriormente à isso ele celebrou o duelo entre Galo e Bolivar pelas quartas de final da Copa Sul-Americana marcando os perfis da família Menin na rede. Confira ambos abaixo:
Atlético Mineiro? @Atletico ?
— Marcelo Claure (@marceloclaure) August 2, 2025
. @rubensmenin @jp_menin @jvitormenin Meus queridos amigos, nos vemos em Belo Horizonte. @Bolivar_Oficial pic.twitter.com/M45SBTh2bK
— Marcelo Claure (@marceloclaure) August 22, 2025