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24 de dezembro de 2025

Coluna do torcedor: HOJE NÃO! HOJE NÃO! HOJE SIM…

Quem não se lembra dessa melancólica frase do excelente narrador Cleber Machado? “Hoje não, hoje não, hoje sim…”

Domingo, 12 de maio de 2002. Num domingo de Dia das Mães, Dia Mundial do Enfermeiro, além de outras atividades interessantes do esporte como a final do extinto Torneio Rio-São Paulo, em que o Corinthians se sagrou campeão da 25ª e última edição ao empatar com o São Paulo em 1×1, e da final da também extinta Copa Sul-Minas, onde o Cruzeiro venceria o Atlético-PR, sagrando-se campeão no jogo de despedida do lateral Sorín.

 Pois bem, era o Grande Prémio da Áustria de 2002 e o nosso querido e emblemático Rubens Barrichelo, o “Rubinho” Barrichelo vencia a corrida e era seguido pelo exímio hepta campeão mundial Michael Schumacher. Na última curva, após a ordem da equipe, Rubinho deixa o piloto alemão lhe ultrapassar alterando a ordem na dobradinha da Ferrari. Um lance bizarro, que acontecera no mesmo grande Prêmio da Áustria do ano anterior, onde Rubinho deixaria o alemão assumir a segunda posição após ordem vinda do paddock. Duas das cenas mais ultrajantes do automobilismo mundial.

Foto: Internet/reprodução

Tá, mas o que isso tem a ver com o GALO? Tudo, simplesmente, tudo.

Quem não se lembra das presepadas do GALO? Como costuma dizer o Mário Caixa: “Ê galo, ê Galo…”

O ano é 2024 e o GALO consegue a incrível façanha de alcançar duas finais em grandes torneios do futebol. Simplesmente o time conseguiu chegar na final da Libertadores, após uma vitória acachapante sobre um dos clubes mais tradicionais do futebol latino-americano que é (ou era) o temido River Plate. Sem contar o jogo de volta contra o Fluminense, onde o time fez o técnico Mano Menezes ficar sem palavras ao descrever o que havia acontecido no jogo, ele próprio chamou aquilo de “Uma aula de futebol”.

Sem contar a Copa do Brasil, com jogos intensos e verdadeiras aulas de obediência tática onde o clube resistiu em partidas complicadas conseguindo superar cenários inóspitos e avançar até a final, enfrentando ninguém menos que seu maior rival nacional, o queridinho da mídia, o favorecidíssimo, Clube de Regatas Flamengo.

Você sabe quando um clube brasileiro conseguiu chegar às finais de uma Copa do Brasil e da Libertadores desde 1989 quando foi criada a competição nacional?

Em 1995, quando o Grêmio chegou na final das duas competições, vencendo a Libertadores em cima do Atlético Nacional (COL) e perdendo a Copa do Brasil para o Corinthians.

Em 2020, Palmeiras se sagrou campeão das duas competições, Libertadores em cima do Santos e Copa do Brasil superando o Grêmio.

Em 2022, Flamengo superou o Corinthians na Copa do Brasil e o Palmeiras na Copa Libertadores.

Em 2024, o nosso querido GALO chegou às duas finais e pela primeira vez, um clube não venceu nenhuma delas.

 Ou seja, até o momento, em apenas 4 das 37 edições simultâneas um clube alcançou esse feito. E somente o GALO – “Ê GALO!” – não venceu nenhuma delas.

Então chegou o ano de 2025 e o GALO, depois de um campeonato com atuações desastrosas, outras poucas não, mais uma vez alcança uma final continental. Um ano depois… Tudo bem que era uma final de Sul-americana, mas, como diz o ditado: “Quem não tem cão, caça como um gato!” E dane-se, vale uma vaga na “Liberta”. E a galera eufórica se deslocou pra Assunção no Paraguai. Carros, ônibus, motocicletas, aviões, bikes, etc. todo mundo querendo soltar aquele grito de “É campeão” preso na garganta. Dezenas de milhares de torcedores enfrentando sabe-se lá o que pra ver o time de perto, dar o apoio moral presencial e voltar a ver o capitão erguendo a taça! Jogo difícil, time desatento, jogadas de pouco efeito, enfim, o GALO que a gente não gosta! Fim de jogo, prorrogação e vem a disputa de pênaltis. Chute pra cá, chute pra lá, defesa aqui, defesa ali e vai pra bola Vitor Hugo… 

Lembrei do Cléber Machado “Hoje não… Hoje sim!”

Daí pra frente vocês já sabem.