Na noite desta quinta-feira (15), o Atlético venceu o Caracas por 3 a 1 na Arena MRV, em Belo Horizonte, em partida válida pela quinta rodada da fase de grupos da Copa Sul-Americana. Os gols do Galo foram marcados por Edet (contra), Tomás Cuello e Rony, enquanto os visitantes descontaram em cobrança de pênalti (bem questionável, por sinal).
Com a vitória, o Galo segue invicto em competições continentais na Arena MRV, acumulando sete triunfos em sete jogos, somando compromissos pela Copa Libertadores e agora pela Sul-Americana. O resultado coloca a equipe em uma situação confortável para buscar a classificação às fases eliminatórias do torneio.
Domínio e ajustes necessários
Superior tecnicamente, o Atlético se impôs desde os primeiros minutos. A equipe conseguiu criar boas oportunidades, mas ainda apresentou dificuldades em se adaptar completamente ao gramado sintético da Arena MRV. Em alguns momentos, o excesso de passes longos e a ansiedade para verticalizar as jogadas geraram erros que poderiam ter sido evitados com um pouco mais de paciência para trabalhar a bola e encontrar os melhores espaços.
Sob o comando de Cuca, um dos técnicos que melhor utiliza bolas longas e inversões de jogo para surpreender os adversários, o Galo mostrou velocidade e perigo nas jogadas em profundidade, explorando as costas da defesa venezuelana. No entanto, o time ainda precisa equilibrar essas ações com jogadas de aproximação, visto que possui qualidade técnica para jogar curto também, com jogadores como Alonso, Lyanco, Vera, Scarpa, Hulk e Bernard, por exemplo.

Falta de eficiência nas finalizações: um problema recorrente
Apesar do domínio, a equipe atleticana voltou a pecar nas finalizações. Foram 23 finalizações ao longo da partida, sendo oito chances claras de gol, mas apenas dois gols saíram dessa estatística, já que o primeiro tento foi contra. Esse desperdício de oportunidades tem se repetido em jogos da temporada, evidenciando a necessidade de aprimorar a eficiência nos arremates.
Rony, Júnior Santos, Cuello e até Hulk estiveram entre os que desperdiçaram boas chances. O alto número de finalizações reflete o estilo de jogo do Atlético, que busca o ataque incessantemente, mas a falta de precisão impede o placar de ser mais elástico em jogos onde a superioridade é evidente.
Os gols da vitória
O placar foi inaugurado em uma jogada pela esquerda, com Cuello, um dos destaques da temporada, balançando diante do marcador e cruzando para a área. Edet, zagueiro do Caracas, tentou cortar, mas acabou empurrando contra as próprias redes.
No segundo gol, a entrada de Vitor Hugo, Scarpa e Rony trouxe mais fôlego ao time. Scarpa encontrou Júnior Santos pela direita, que cruzou para Cuello cabecear para o fundo do gol.
A confirmação da vitória veio em uma transição rápida, quando Igor Gomes deu um passe espetacular de três dedos para Scarpa, que abriu pela direita, entrou na área e serviu Rony, livre para marcar o terceiro gol e fechar o marcador.
Destaques individuais
Rubens teve mais uma atuação sólida, vencendo a maioria dos duelos defensivos e contribuindo na construção das jogadas. Cuello segue como uma das principais válvulas de escape do time, sempre buscando o jogo e criando alternativas ofensivas. Scarpa e Igor Gomes também entraram bem, contribuindo diretamente para o terceiro gol.

Júnior Santos, que voltou de lesão recentemente, teve boas oportunidades e participou de lances importantes. Contra o Fluminense, criou a jogada do gol, e diante do Caracas, deu assistência para Cuello. Apesar de ter desperdiçado algumas chances, mostrou que pode ser uma peça útil para o elenco.
A vitória reafirma o bom rendimento do Galo em casa e amplia a confiança para a sequência da temporada. Na Sul-Americana, a equipe segue firme e forte na luta pela primeira posição do grupo. Agora é focar no Brasileiro, porque domingo tem clássico.
 
								