O melhor canal de notícias agora tem um portal!

11 de dezembro de 2024

O GALO ESTÁ CHEGANDO LÁ E OS ATLETICANOS, DENTRO E FORA DO CLUBE, SABEM O QUE FAZER

Uma postagem nas redes sociais atleticanas extremamente lúcida resume com maestria o Galo da era Milito: “o Atlético atingiu o ápice da performance com Milito, nos seus primeiros dez jogos. O Atlético atingiu o ápice da maturidade coletiva com Milito, nos últimos dez jogos. Galo está na melhor fase do ano, lúcido, sóbrio, com elenco à disposição e ciente do que fazer”.

O Atlético que saiu altivo e vencedor das batalhas de São Januário e do Monumental de Nunez mostra exatamente isso. Um time cada vez mais maduro, cascudo, sabendo o que e como fazer para alcançar os seus objetivos. Chegar a duas finais de Copa tão importantes e pesadas é consequência disso.

Mas, Milito e os jogadores seriam os únicos que sabem o que devem fazer? Não, claro que não. A história desse Galo maluco e apaixonante mostra que em vários momentos cruciais todos aqueles marcados na alma e no coração pela atleticanidade, i.e., que vivem e respiram em preto e branco, sempre se mostraram à altura dos mais variados e complexos desafios. Duvida? Pergunte ao vento.

Hora de criticar, criticar. Hora de elogiar, elogiar. Por amor à justiça e à verdade, além dos jogadores, do treinador e de sua comissão técnica, o estágio atual do time indica que todos os funcionários do clube ligados direta ou indiretamente ao futebol, dirigentes e investidores também estão fazendo a sua parte.

Aqui deve ser ressaltada e elogiada a liderança e a firmeza do Presidente Sérgio Coelho, particularmente nos momentos que antecederam o jogo de volta contra o River Plate, valendo a tão sonhada classificação para a final da Libertadores 2024. Colocar a GaloTV para acompanhar a delegação atleticana do hotel até o estádio só merece aplausos. Dizem desde tempos imemoriais que se não for sofrido não é Atletico.

Tenho fortes restrições à forma negacionista com que a relação Atlético/sofrimento é geralmente repercutida. Uma rançosa narrativa vendida por segmentos da mídia tradicional, guiada por interesses perversos e contrários aos do Atlético, tem, ao longo de vários anos, alimentado no seio da Massa um conformismo e uma aceitação do fracasso. “Hoje tem jogo do Atletico, acabou o sossego, acabou a paz”.

“O Atlético e o atleticano não precisam de títulos”. E, ao espalhar, aqui é ali, mensagens desses tipos, os próprios atleticanos ingenuamente potencializam entre si um sentimento destrutivo, o de que ser atleticano é conviver com o sofrimento, com a decepção, com a raiva, com a derrota. Não sem razão, a narrativa construída em relação ao rival azul fala de sucesso, de vitórias, de títulos. Quer ser feliz e comemorar títulos vá torcer para o time da Toca. Mais claro, impossível.

Mas, é forçoso reconhecer que o sofrimento, por outro lado, ao funcionar como fator de amadurecimento, aprendizado, de evolução e de construção de uma unidade em torno de um objetivo comum, é extremamente positivo. E é isso que se extrai com clareza meridiana do Atletico deste final de temporada.

Battaglia se tornou um zagueiro vigoroso e monstruoso, Fausto Vera já deu mostras de sobra que joga muita, muita bola, Deyverson deu ao time e ao grupo a picardia que faltava, Lyanco virou um lateral/ala magnífico e insuspeito para muitos atleticanos, Rubens se fez opção de confiança, alma e coração, o melhor Alonso de todos tempos chegou e está à disposição, Everson, de vilão a herói, é hoje o paredão que dá segurança, Mateus Mendes é o futuro que já se faz presente, Paulinho se tornou sinônimo de sacrifício e entrega, Franco passou a ser motor da engrenagem preto e branca, Otávio, incansável e tático, se mostra um volante imprescindível, Sarávia, competente e visceral, é ala, é lateral, é um surpreendente terceiro zagueiro e Scarpa, cerebral e intenso, é a cabeça pensante do time.

Não, não me esqueci do Homem Arana e do Incrível Hulk. Decisivos, cada qual à sua maneira, eles não só incendeiam o imaginário dos milhões e milhões de atleticanos espalhados mundo afora, como são duas peças fundamentais no esquema e nas estratégias deste técnico incrível, chamado Gabriel Milito. Ah! “Pardalito”, o mundo seria mais belo se todos os pardais cantassem como você.

Se no início do primeiro tempo do segundo jogo contra o River a pressão do time portenho era mais que óbvia, se era também mais que esperado que nos minutos iniciais o Atlético vivesse aqueles tradicionais e complicados momentos de ajustes, se Colídio, rápido e insinuante, se movimentava muito e parecia confundir a marcação atleticana e, portanto, era o jogador a ser marcado, se o jogo aéreo argentino assustava e se alguns jogadores do Galo se mostravam tensos, o que, diante de tudo o que vinha acontecendo, era mais que natural, o Glorioso das Gerais, acostumado a jogar com a bola, estrategicamente abdicou da redondinha e, fazendo um jogo de resiliência, se aproximou definitivamente da Glória Eterna.

Não importa se em determinada faixa do jogo este ou aquele jogador sentiu mais o peso daquela partida e deixou a desejar. O que é essencial observar, foi a capacidade de superação e de entrega de todos os jogadores que entraram em campo, sem exceção, no enfrentamento de todos os obstáculos interpostos antes e durante o jogo. Não à toa, o Atletico foi mais consistente na etapa complementar.

Se não foi perfeito, tendo cometido a meu ver dois erros grosseiros contra o Atletico ainda no primeiro tempo, o árbitro não foi de todo péssimo. Poderia ter complicado a sorte do Galo na competição, porém não o fez. Mas, serviu, por exemplo, para testar mais uma vez a maturidade dos atletas atleticanos no trato da relação jogador/arbitragem.

Dizem os antigos que nenhum jogo de futebol termina quando o juíz apita pela última vez. Sempre gera repercussões e provoca consequências, ora positivas, ora negativas. Se uma torcida está comemorando, a outra está sofrendo e purgando seus pecados, treinadores ou entregam os cargos ou são demitidos, etc. e tal. No caso de um jogo decisivo do porte deste River e Atlético na Argentina, outros desdobramentos são mais que esperados.

O GALO ESTÁ CHEGANDO LÁ. Mas, não se pode perder de vista que a classificação atleticana para a final da Libertadores 2024 e a consequente eliminação do River Plate, por certo geraram consequências que vão, mais uma vez, fazer com que todos os atleticanos, de dentro e de fora do clube, testem a sua capacidade de resiliência e de enfrentamento dos mais variados e complexos problemas. E eu acredito que todos nós mais uma vez vamos mostrar que SABEMOS O QUE FAZER.

Com a confirmação da classificação do Botafogo na outra semifinal, a realização de uma final brasileira em solo argentino gerou mil e uma polêmicas. O óbvio seria que esta decisão fosse marcada para um campo neutro em território brasileiro, preferencialmente em São Paulo ou em Brasília. Muito disse me disse em relação à uma possível mudança do local da partida.

Não se pode duvidar de nada. Olhem o jogo do Botafogo. Era em um estádio e foi transferido para outro menos de 24 horas antes da partida. Entendo que Atlético e Botafogo deveriam se unir e fazer uma pressão em cima da Conmebol com o objetivo de transferir a final para o Brasil. Enfim, nada mais natural do que uma final entre brasileiros disputada em território brasileiro. E, claro, com arbitragem e VAR neutros.

Injunções políticas argentinas, uma guerra local entre defensores e opositores da instituição da figura do clube empresa no futebol portenho, objeto de possíveis querelas entre o atual governo da Argentina e a AFA, entidade máxima do futebol naquele país, a humilhação de sediar uma festa brasileira em seu território, a frustração do River Plate e de sua torcida, problemas de segurança e a supremacia técnica e econômica do futebol brasileiro em relação aos demais países sul-americanos estão entre os assuntos mais especulados e discutidos depois da classificação do Galo.

Um dos principais jornais daquele país noticiava que as autoridades argentinas tinham fechado o Monumental de Nunez por tempo indeterminado. O motivo oficial: a utilização de sinalizadores e de bombas. O que se dizia à boca pequena era que o River, os torcedores do River e os argentinos em geral não querem uma final brasileira em seu país.

Garrafas d’água sumiram, o terço do Everson sumiu, extracampo forte, ausência da segurança no trajeto para o estádio, atraso da delegação atleticana e do início do jogo. Jogadores atleticanos teriam sido afetados por estes acontecimentos e pela festa feita pela torcida do adversário antes da bola rolar? Seguramente sim, mas, também os deixou cada vez mais cascudos, mais preparados para enfrentar o que vem pela frente. Cada vez mais sabendo o que fazer diante do Botafogo e, claro, diante do Flamengo na decisão da Copa do Brasil.

Da mesma forma, confio que a direção do clube saberá enfrentar e contornar todas as armadilhas e problemas que surgirem ou que já estão postas como a imoral ameaça em punir Deyverson e afastá-lo da final da Libertadores. E essa confiança se estende em relação ao que se deve fazer e será feito nos bastidores da finalíssima da Copa do Brasil.

Mas, nem tudo são espinhos. Se não houve até agora transmissões da jornada atleticana em TV aberta, há que se reconhecer e elogiar o profissionalismo dos canais ESPN, do Grupo Disney nos jogos do Galo que transmitiram.

Conquistar a Libertadores levará o Atletico a disputar o Mundial do Qatar ainda em 2024 e, na próxima temporada, a Recopa Sul-americana, a Libertadores 2025 e o Super Mundial nos Estados Unidos. Tudo isso significa cerca de 400 milhões de reais entre premiações e quotas. Conquistar a Copa do Brasil significa disputar ano que vem a Super Copa Brasileira e faturar em torno de 100 milhões de reais em prêmios.


Eh! O GALO ESTÁ CHEGANDO LÁ E OS ATLETICANOS, DENTRO E FORA DO CLUBE, SABEM O QUE FAZER. E o melhor, O GALO NÃO LUTA SOZINHO.