Já classificado para a final da Copa do Brasil e há um jogo da finalíssima da Libertadores o Atlético visita o Monumental de Nunez para enfrentar um River Plate ferido e que, mais do que acreditar, vai dar tudo para reverter a vantagem atleticana e avançar em busca da Glória Eterna.
No artigo “EM BUSCA DA GLÓRIA ETERNA! A CHAVE JÁ VIROU (https://canalbicagalo.com.br/_coluna/em-busca-da-gloria-eterna-a-chave-ja-virou/), publicado aqui no Bica Galo em 21 de outubro último, escrevi que “os confrontos diante do Gigante da Colina, exatamente pela importância e peso que tiveram, acabam, no meu entender, funcionando como catalisadores de efeitos positivos para o Galo em seus dois confrontos contra o River Plate”.
E emendei: “cada jogo, cada batalha, agrega ao elenco atleticano mais casca, mais capacidade de resiliência, mais jogo de cintura para enfrentar as armadilhas, os maus momentos, as adversidades naturais e antinaturais de cada partida, de cada decisão”. Assim, também é verdade que a própria jornada do Atletico nesta temporada, cheia de altos e baixos, irregular por excelência, tem contribuído para amadurecer o time do ponto de vista tático e coletivo e deixar o grupo mais cascudo.
Segundo nos informa o repórter @lucascbretas do @sitenoata “o resultado do primeiro jogo entre Galo e River Plate exige que o time argentino busque um feito que só ocorreu cinco vezes em 65 anos de Copa Libertadores. Somente o Sporting Cristal, em 1993, Cerro Porteño, em 1999, Bolívar, em 2000, a Universidad de Chile, em 2012, e o próprio River Plate, em 2017, foram capazes de reverter essa desvantagem em toda a história”.
O Atlético abriu uma vantagem importante contra o River, mas não tem nada decidido. Todo o cuidado é pouco. O Galo tem que se precaver em relação a todo tipo de ação nos bastidores. Hotel, alimentação, segurança, logística para locomoção do hotel para o Monumental.
A decisão da Conmebol diante do Rosário Central quando o time argentino reverteu uma vantagem atleticana de 4 gols deve servir de lição. O ônibus que levou a delegação alvinegra para o estádio se “perdeu” e os atleticanos viveram momentos de terror.
Claro que os tempos são outros. Por isso, as formas de intimidação e as ações extracampo se modernizam e se sofisticam. Fala-se hoje nas redes sociais, por exemplo, do uso de lazer para atrapalhar os jogadores alvinegros em campo. Ainda assim, situações de beligerância extrema podem se verificar. Não faltam aqui e ali ameaças a atleticanos que, porventura, forem à Argentina para torcer pelo Galo.
Além de cuidar para que os jogadores mantenham o foco e entendam que devem jogar mais e melhor do que jogaram na Arena no jogo de ida, é preciso blindar time e staff em relação às armadilhas, ao disse me disse, à arbitragem, ao VAR e ao que mais for armado.
Alguém duvida que o Monumental de Nunez será transformado em um imenso e avassalador caldeirão com o objetivo de assar em brasa esse Galo incômodo e intruso, uma vez que é absolutamente claro que os argentinos e outros interessados na conquista do título máximo do continente pelo Gigante portenho não imaginavam ver o Mineiro na grande final e, muito menos, fazer a volta olímpica na casa do seu adversário dessa semifinal?
Gustavo Scarpa, do alto de sua experiência de campeão da Libertadores pelo Palmeiras já cantou a pedra: ‘Vamos para a Argentina tentar fazer melhor que fizemos hoje”. “Se eu fosse o @rafaelmeninsouz prometeria a maior premiação da história por essa Copa do Brasil”, postou um atleticano em suas redes sociais. E completou: “E não seria gasto, mas investimento”. Eu não só assino embaixo, como digo mais: essa sugestão vale também e muito para a Libertadores.
“Imagina exorcizar dois fantasmas de uma vez… . Um histórico e um recente, dando um significado imediato para a @ArenaMRV já no seu 1º ano”, escreveu outro Galista apaixonado. Ora, se LUTAR, LUTAR, LUTAR, CONTRA TUDO E CONTRA TODOS, É O IDEAL ATLETICANO, o sonho pode se tornar realidade.
O fato de muitos da mídia tradicional e vários “influencers” desmerecerem os feitos atleticanos e empoderarem nossos adversários pode ser positivo. Afinal, acabam transferindo para eles toda a responsabilidade. Enquanto isso o Galo afia o bico e vai comendo pelas beiradas.
E aqui mais um alerta: a conquista da Libertadores confere ao campeão 120 milhões em premiações oferecidas pela Conmebol e cerca de 50 milhões de dólares (seriam euros?) por cravar um vaga no Supermundial. Ganhar a Copa do Brasil dá ao vencedor 93 milhões em prêmios. É grana que muda o patamar de qualquer clube.
Tudo isso significa que, além do Flamengo na final da Copa do Brasil, do River Plate no jogo de volta em Buenos Aires e, se chegar lá, do adversário da final da Libertadores, seja ele quem for, são múltiplos os interesses que se interagem e se chocam com os do Atlético. Todo cuidado é pouco. E o foco deve ser total. Por isso, LUTAR, LUTAR, LUTAR, CONTRA TUDO E CONTRA TODOS, É O IDEAL ATLETICANO. É o ideal de um time que nunca luta sozinho. Eu acredito! E você?