Foto: Pedro Souza/Atlético
A esperança do atleticano pessimista foi renovada! Se não foi, algo de errado tem aí.
Antes da partida, a Massa Atleticana que nunca abandona o Galo estava lá na Silviano Brandão, mesmo sem poder entrar no estádio, apoiando o time, com mais uma festa sensacional, na famosa “rua de fogo”.
Na partida de ontem, contra o Botafogo, o Galo mostrou-se resiliente, guerreiro e raçudo. Diante de um cenário completamente desfavorável, com uma expulsão ao “estilo Rubens” – atabalhoada e afobada –, o que já era muito difícil antes do apito inicial parecia impossível: segurar o bombardeio do time carioca. Porém, muito embora esta blitz do Botafogo tenha acontecido inúmeras vezes no segundo tempo, foi pouquíssimo efetiva. Aliás, não foi nada efetiva. Éverson, nas poucas vezes que foi exigido, estava lá, seguro como sempre. Diga-se de passagem, o arqueiro vive sua melhor fase com a camisa do Galo desde que chegou, na opinião deste jornalista que vos escreve. Justamente em um momento tão turbulento e complicado do time, onde Milito admitiu existir uma crise desportiva, é que aparece o grande jogador, o líder, como Éverson tem sido.
Fausto Vera, que outrora era colocado como má contratação, entendeu o que Milito desejava e tomou conta do meio-campo, sendo incansável nos duelos, principalmente com Thiago Almada, meia baixinho e bom de bola do alvinegro carioca. Otávio, que vinha de más atuações, também foi importante na contenção. Porém, o grande destaque da partida foi o lateral Mariano, que teve a difícil missão de ser deslocado para o lado esquerdo, após a expulsão de Rubens, e segurou o ataque do Botafogo – onde joga Luiz Henrique, atleta que citaremos a seguir – com muita experiência, técnica e vontade. Mariano, aliás, celebrava ainda os 20 anos de carreira como atleta profissional.
Foto: Pedro Souza/Atlético
Dessa forma, um empate importante e reanimador parecia encerrar a história do jogo, que muitos apontavam como a prévia da final da Conmebol Libertadores.
Ao término da partida – na verdade, ainda enquanto a bola rolava nos últimos minutos –, os jogadores do Botafogo partiram para as ofensas e xingamentos, mostrando-se pequenos diante daquele Galo guerreiro, que, sem sua torcida, se manteve de pé. Luiz Henrique, que tem muito potencial, chamou o time do Galo de “merda”, diretamente falando com Matheus Mendes, o goleiro reserva mais atleticano que poderíamos ter. Este colunista já presenciou Mendes, após uma derrota em clássico, defender com unhas e dentes o Galo perante um qualquer desconhecido do rival azul, ainda na zona mista da Arena MRV.
Foto: Pedro Souza/Atlético
Mendes foi até as lideranças do elenco e “pilhou” todo mundo, transformando, talvez, o clima morno de um jogo de portões fechados em esperança, garra e vontade de bater os caras no dia 30, no Más Monumental.
Hulk, que muitas vezes dá aula nas entrevistas, colocou Luiz Henrique em seu lugar, dizendo que, antes de ser craque no futebol – coisa que ainda não é –, tem que ser craque como pessoa. Parabéns, Hulk! Você representou a massa atleticana.
A delegação do Botafogo ainda protagonizou ataques aos seguranças do estádio, além de agressões físicas e verbais a pessoas que ali estavam, inclusive colegas de imprensa, aos quais me solidarizo.
O clima está formado! O que o atleticano precisava para acreditar e sonhar com o bi da América aconteceu. O astral mudou, a maré virou.
Agora é com vocês. Joguem por nós!
O GALO NUNCA LUTA SOZINHO!