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12 de dezembro de 2024

Galo mostra falta de coragem e fica com o vice da Libertadores

O Galo amargou, neste sábado (30), o vice-campeonato da Copa Libertadores após atuação pífia em derrota para o Botafogo. Na final única, disputada no estádio Mâs Monumental, em Buenos Aires, na Argentina, o Galo enfrentou o alvinegro carioca embalado, que justificou o favoritismo e venceu por 3×1, mesmo com um jogador a menos por praticamente todo o jogo.

O treinador Gabriel Milito entrou em campo com os melhores 11 disponíveis e o time que enfrentou o River Plate nos dois jogos das semi-finais: Everson; Lyanco, Battaglia e Alonse; Arana, Vera, Franco e Scarpa; Paulinho, Hulk e Deyverson. Botafogo escalado por Artur Jorge foi: John; Vitinho, Adryelson, Barboza e Telles; Marlon Freitas e Gregore; Almada, Savarino e Luiz Henrique; Igor Jesus.

Fotos: Pedro Souza / Atlético

Logo nos primeiros 40 segundos de jogo, o volante Gregore cometeu uma falta violenta em Fausto Vera, recebendo o cartão vermelho imediatamente. Mesmo com um jogador a mais, o Galo não fez mudanças no jeito de jogar e teve dificuldades em atacar o adversário. As únicas boas chances do time no 1º tempo foram em chutes de longa distância de Hulk e alguns cruzamentos na área. O Botafogo sentiu a superioridade técnica e soube se manter sólido defensivamente. Porém, logo em uma das primeiras vezes que saiu ao ataque, conseguiu marcar seu primeiro gol com Luiz Henrique, aos 35 minutos de jogo. O gol saiu de uma jogada trabalhada pela esquerda com Savarino que sobrou no pé do ponta botafoguense quase na pequena área. Poucos minutos depois, Guilherme Arana cometeu um erro infantil e decidiu não ir na direção da bola disputada entre ele e Luiz Henrique, forçando o goleiro Everson a sair do gol de forma desengonçada, derrubando o atacante adversário e causando um pênlti. A penalidade foi convertida com tranquilidade por Alex Telles.

Perdendo por 2×0 e com um jogador a mais ao final da primeira etapa, Milito optou por fazer algumas mudanças no intervalo. Mariano tomou o lugar de Lyanco, Vargas entrou no lugar de Fausto Vera e Bernard substituiu Gustavo Scarpa. Com as mudanças, o Galo voltou claramente mais incisivo e com fome de virada. Com 1 minuto da segunda etapa, Vargas marcou em um belo cabeceio após cruzamento de Hulk no escanteio. Porém, durante o resto do jogo, as tentativas de ataque do Galo foram falhas.

Hulk tentou bastante a partir das jogadas individuais a partir da ponta esquerda, mas sem sucesso. Paulinho e Vargas tentaram criar jogadas de infiltração pela ponta esquerda e faixa central do campo, mas bateram na parede da defesa botafoguense, que se reforçou com as entradas de Marçal e Danilo Barbosa. Em uma das várias investidas do Galo dentro da área adversária, Deyverson foi claramente atingido por Marlon Freitas, mas o árbitro Facundo Tello optou por não marcar a penalidade para o Galo, que seria uma chance de empate. No desespero, Milito substituiu Deyverson por Alan Kardec, que nada pôde fazer para salvar o Galo. Mesmo com as dificuldades, o Galo conseguiu criar chances. Vargas recebeu um lançamento espetacular de Mariano e ficou cara-a-cara com John, mas desperdiçou a chance jogando por cima da meta. Mais próximo do final do jogo, o atacante chileno se aproveitou de um erro de Vitinho e saiu de frente com o goleiro adversário, mas errou feio ao tentar encobrir o arqueiro.

No minuto final dos acréscimos, após um meio-tempo inteiro de pressão do Galo contida pelo Botafogo, Júnior Santos fez bela jogada pela ponta direita e, após corte de Alan Franco no passe para trás, empurrou a bola para o fundo da rede, decretando o 1º título de Libertadores da história do clube carioca.

Com as chances desperdiçadas, o Galo pagou pela postura covarde que teve no 1º tempo e, mesmo com melhoras na performance e no volume de jogo no segundo tempo, não conseguiu reverter o resultado. Durante o jogo, o time teve 80% de posse de bola e finalizou 22 vezes, acertando o gol em quatro. E, mesmo com somente 20% da posse e 8 finalizações, as 3 tentativas do Botafogo que foram na direção do alvo entraram.

O Galo amarga a segunda derrota em finais neste ano e termina a temporada sem um título de expressão. O foco, agora, se volta para o planejamento de 2025, já que as chances de classificação para a Libertadores pelo Campeonato Brasileiro também se extinguiram no sábado. Com reorganização, investimento pesado em contratações, manutenção dos craques atuais e confiança no trabalho de Milito a longo prazo, a próxima temporada pode ser de resultados melhores e dignos do que merece a Massa.